quinta-feira, 28 de maio de 2009

Marinho Pinto vs Manuela Moura Guedes

interrompo o 'mês da música' (que, aliás, irá passar a dois meses da música) para mostrar este vídeo, que se passou na passada sexta-feira, no jornal da noite da tvi. Apresentado pela Manuela Moura Guedes, teve como convidado o Bastonário da Ordem dos Advogados Marinho Pinto, como irão reparar quando virem o vídeo, a 'dona' nem se soube onde meter! E assim é que é!

Fernando Tordo

"Tourada"

"Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.

Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções."

José Mário Branco (sim existem coincidências nos nomes =p)

"Casa comigo Marta"

"Chamava-se ela Marta
Ele Doutor Dom Gaspar
Ela pobre e gaiata
Ele rico e tutelar
Gaspar tinha por Marta uma paixão sem par
Mas Marta estava farta mais que farta de o aturar
- Casa comigo Marta
Que estou morto por casar
- Casar contigo, não maganão
Não te metas comigo, deixa-me da mão

Casa comigo Marta
Tenho roupa a passajar
Tenho talheres de prata
Que estão todos por lavar
Tenho um faisão no forno e não sei cozinhar
Camisas, camisolas, lenços, fatos por passar
- Casa comigo Marta
Tenho roupa a passajar
- Casar contigo, não maganão
Não te metas comigo deixa-me da mão

Casa comigo Marta
Tenho acções e rendimentos
Tenho uma cama larga
Num dos meus apartamentos
Tenho ouro na Suíça e padrinhos aos centos
Empresto e hipoteco e transacciono investimentos
- Casa comigo Marta
Tenho acções e rendimentos
- Casar contigo, não maganão
Não te metas comigo deixa-me da mão

Casa comigo Marta
Tenho rédeas p´ra mandar
Tenho gente que trata
De me fazer respeitar
Tenho meios de sobra p´ra te nomear
Rainha dos pacóvios de aquém e além mar
- Casas comigo Marta
Que eu obrigo-te a casar
- Casar contigo, não maganão
Só me levas contigo dentro de um caixão"

Carlos Paião (e mais outra =p)

"Vinho do Porto"

"Primeiro a serra semeada terra a terra
Nas vertentes da promessa
Nas vertentes da promessa
Depois o verde que se ganha ou que se perde
Quando a chuva cai depressa
Quando a chuva cai depressa

E nasce o fruto quantas vezes diminuto
Como as uvas da alegria
Como as uvas da alegria
E na vindima vão as cestas até cima
Com o pão de cada dia
Com o pão de cada dia

Suor do rosto pra pisar e ver o mosto
Nos lagares do bom caminho
Nos lagares do bom caminho
Assim cuidado faz-se o sonho e fermentado
Generoso como o vinho
Generoso como o vinho

E pelo rio vai dourado o nosso brio
Nos rabelos duma vida
Nos rabelos duma vida
E para o mundo vão garrafas cá do fundo
De uma gente envaidecida
De uma gente envaidecida

Vinho do Porto
Vinho de Portugal
E vai à nossa
À nossa beira mar
À beira Porto
À vinho Porto mar
Há-de haver Porto
Para o nosso mar

Vinho do Porto
Vinho de Portugal
E vai à nossa
À nossa beira mar
À beira Porto
À vinho Porto mar
Há-de haver Porto
Para o desconforto
Para o que anda torto
Neste navegar

Por isso há festa não há gente como esta
Quando a vida nos empresta uns foguetes de ilusão
Vem a fanfarra e os míudos, a algazarra
Vai-se o povo que se agarra pra passar a procissão
E são atletas, corredores de bicicletas
E palavras indiscretas na boca de algum rapaz
E as barracas mais os cortes nas casacas
Os conjuntos, as ressacas e outro brinde que se faz

Vinho do Porto vou servi-lo neste cálice
Alicerce da amizade em Portugal
É o conforto de um amor tomado aos tragos
Que trazemos por vontade em Portugal

Se nós quisermos entornar a pequenez
Se nós soubermos ser amigos desta vez
Não há champanhe que nos ganhe
Nem ninguém que nos apanhe
Porque o vinho é português"

Carlos Paião

"Pó de arroz"

"Pó de Arroz,
Na face das pequenas
Será beleza apenas, só
Uma corzinha com

Pó de arroz
Rosa é, mulher o pôs
E o homem vai nas cenas
É feia da outra vez

É como enfeitar um embrulho
Arroz com gorgulho talvez

(Refrão)
Pó de arroz
Do teu arrozal
Esse pó que é fatal
És a tal que me encanta com

Pó de Arroz
Não faz nenhum mal
É de arroz integral
Infernal, quando chegas com
Todo o teu arroz (bis)

Pó de Arroz
Tens hoje só pra mim
Pós de perlimpimpim
És um arroz doce sim

Pode ser
Um canto de sereia
Serei a tua teia
E tu serás meu algoz

Mas quando te vais alindar
Alindada vens dar no arroz"

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Carlos Paião (esta é mais para divertir =P )

"A canção do beijinho"

"Ai rapariga, rapariga, rapariga
Que só dizes disparates, disparates, disparates
E tanta asneira, tanta asneira, tanta asneira
Que para tirar tanta asneira não chegam 100 alicates
Mas tu não sabes, tu não sabes, tu não sabes
Que isso de dar um beijinho já é um custume antigo
Quem te disse, quem te disse, quem te disse
Que lá por dares um beijinho tinhas de casar comigo.

- Ó chega cá.
- Não vou.
- Tu és tão linda.
- Pois sou.
- Dá-me um beijinho.
- Não dou.

Interesseirea, convencida, ignorante, foragida, sua burra,
És a miúda mais palerma, camelóide que eu já vi
Mas porque raio é que tu queres os beijinhos s´para ti.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ai rapariga, rapariga, rapariga
Dás-me cabo do miolo para te levar com cantigas
Ai mas que coisa, mas que coisa, mas que coisa
Diz lá porque é que tu não és como as outras raparigas
Quando eu pergunto se elas me dão um beijinho
Dão- me tantos, tantos, tantos que parecem não ter fim
E tu agora estás com tanta esquisitice
Que qualquer dia já queres e não sabes mais de mim.

- Dás ou não dás?
- Não, não.
- Então dou eu.
- Isso não
- Dá-me um beijinho.
- Não dou não.

Diz lá porquê, sua esganada, egoísta, mal-criada
Sua parva, só se pensas que eu acaso tenho a barba mal cortada
E vê lá se tens receio que a boca fique arranhada.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

- Então vá lá.
- Já disse.
- Eu faço força.
- Que parvoíce
- Dá-me um beijinho.
- Que chatice.

Analfarruta, pestilenta, hipocondriaca, avarenta, bexigosa
Vou comprar um dicionário que só tenha nomes feios
Que é para eu tos chamar todos até tu teres os ouvidos cheios.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho.

Ora dá cá um e a seguir dá outro
Depois dá mais um que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um beijinho."

System of a down

"Forest"

"Walk with me my little child
To the forest of denial
Speak with me my only mind
Walk with me until the time
And make the forest turn to wine
You take the legend for a fall
You saw the product

Why can't you see that you are, my, child
Why don't you know that you are, my, mind
Tell everyone in the world, that I'm, you
Take this promise to the end, of, you

Walk with me my little friend
Take this promise to the end
Speak with me my only mind
Walk with me until the end
And make the forest turn to sand
You take the legend for a fall
You saw the product

Why can't you see that you are, my, child
Why don't you know that you are, my, mind
Tell everyone in the world, that I'm, you
Take this promise to the end, of, you

Take this promise for a ride
You saw the forest now come inside
You took the legend for its fall
You saw the product of it all
No televisions in the air
No circumcisions on the chair
You made the weapons for us all
Just look at us now

Why can't you see that you are, my, child
Why don't you know that you are, my, mind
Tell everyone in the world, that I'm, you
Take this promise to the end, of, you"

System of a down

"Chop Suey"

"We're Rolling Suicide

Wake up [Wake up]
Grab a brush and put a little makeup
Hide the scars to fade away the shake up
[Hide the scars to fade away the]
Why'd you leave the keys upon the table?
Here you go create another fable

You wanted to,
Grab a brush and put a little makeup
You wanted to,
Hide the scars to fade away the shake up
You wanted to,
Why'd you leave the keys upon the table?
You wanted to

I don't think you trust
In, my, self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to DIE!

AAAAAAAAAAAAAHHHHH!
Wake up [Wake up]
Grab a brush and put a little makeup
Hide the scars to fade away the
[Hide the scars to fade away the sh...]
Why'd you leave the keys upon the table?
Here you go create another fable

You wanted to,
Grab a brush and put a little makeup
You wanted to,
Hide the scars to fade away the shake up
You wanted to,
Why'd you leave the keys upon the table?
You wanted to

I don't think you trust
In, my, self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die
In, my, self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die..

FATHER!(FATHER!)
FATHER!(FATHER!)
FATHER!(FATHER!)
FATHER!(FATHER!)

Father into your hands,
I commend my spirit
Father into your hands

Why have you forsaken me?
In your eyes forsaken me
In your thoughts forsaken me
In your heart forsaken, me oh

Trust in my self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die
In my self righteous suicide
I, cry, when angels deserve to die..."

Amália Rodrigues

"Nem às paredes confesso"

"Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça,
Nem me dês nada que ao fim
Eu não mereça
Vê se me deitas depois
Culpas no rosto
Eu sou sincera
Porque não quero
Dar-te um desgosto

De quem eu gosto
nem às paredes confesso
E até aposto
Que não gosto de ninguém
Podes rogar
Podes chorar
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso.

Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
que eu tanto espero.
Se gosto ou não afinal
Isso é comigo,
Mesmo que penses
Que me convences
Nada te digo."

terça-feira, 26 de maio de 2009

Fernando Carvalho

"Balada da despedida"

"Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida

Não me tentes enganar
com a tua formosura
que para além do luar
há sempre a noite escura.

Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida

E as lágrimas do meu pranto
são a luz que me dão vida.


Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida.

Quem me dera estar contente
enganar a minha dor
mas a saudade não mente,
se é verdade no amor.
"

Zeca Afonso

"O que faz falta"

"Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta


O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta

Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta


O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta

Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta

Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta

O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta

Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta

O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta

Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta

O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta"

Zeca Afonso

"O Homem da gaita"

"Havia na terra
Um homem que tinha
Uma gaita bem de pasmar
Se alguém a ouvia
Fosse gente ou bicho
Entrava na roda a dançar

Um dia passava
Um sujeito e ao lado
Um burro com louça a trotar
O dono e o burro
Ouvindo a tocata
Puseram-se logo a bailar

Partiu-se a faiança
Em cacos c'o a dança
E o pobre pedia a gritar
Ao homem da gaita
Que acabasse a fita
Mas nada ficou por quebrar

O Juiz de fora
Chamado na hora
"Só tenho que te condenar
Mas quero uma prova
Se é crime ou se é trova
Faz lá essa gaita tocar"

O homem da louça
Sentado na sala
Levanta-se e põe-se a saltar
Enquanto a rabeca
Não se incomodava
A sua cadeira era o par

Pulava o jurista
De quico na crista
Ninguém se atrevia A parar
E a mãe entrevada
Que estava deitada
Levanta-se E põe-se a bailar

Vá de folia vá de folia
Que há sete anos me não mexia"

Zeca Afonso

"Coro da Primavera"

"Cobre-te canalha
Na mortalha
Hoje o rei vai nu

Os velhos tiranos
De há mil anos
Morrem como tu


Abre uma trincheira
Companheira
Deita-te no chão

Sempre à tua frente
Viste gente
Doutra condição


Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Livra-te do medo
Que bem cedo
Há-de o Sol queimar

E tu camarada
Põe-te em guarda
Que te vão matar

Venham lavradeiras
Mondadeiras
Deste campo em flor

Venham enlaçdas
De mãos dadas
Semear o amor


Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores

Venha a maré cheia
Duma ideia
P´ra nos empurrar

Só um pensamento
No momento
P´ra nos despertar

Eia mais um braço
E outro braço
Nos conduz irmão

Sempre a nossa fome
Nos consome
Dá-me a tua mão


Ergue-te ó Sol de Verão
Somos nós os teus cantores
Da matinal canção
Ouvem-se já os rumores
Ouvem-se já os clamores
Ouvem-se já os tambores
"

domingo, 24 de maio de 2009

Zeca Afonso

"Canção de embalar"

"Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda a noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer"

UHF

"A lágrima caiu"

"Tu sabes bem, que o amor se perdeu
Não o faças refém, foi meu e teu
Foi o que foi, o que nós deixamos
Inocentes os dois, culpados ficamos

A lágrima caiu, sem tu saberes
Por ti caiu, a última vez


A flor da saudade, que nascem selvagem
Daninha se espalha, por toda a paisagem
Por todos os recais, em todos os cheiros
Há histórias reais, de um cativeiro

A lágrima caiu, sem tu saberes
Por ti caiu, a última vez

Um dia talvez, possamos lembrar
De novo talvez, falar sem gritar


A lágrima caiu, sem tu saberes
Por ti caiu, a última vez

A lágrima caiu, sem tu saberes
Por ti caiu, a última vez"

Xutos e Pontapés

"Para sempre"

"O nosso amor de sempre
Brilhará, p'ra sempre
Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti

Juro, meu amor que sempre
Voltarei, p'ra sempre
Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Gostarei de ti

Ai, meu amor
O que eu já chorei por ti
Mas sempre
P'ra sempre
Vou gostar de ti"

Xutos e Pontapés

"Negras como a noite"

"Com mãos de veludo
Negras como a noite
Tu deste-me tudo
E eu parti


Um homem trabalha
Do outro lado do rio
Com as suas duas mãos
Repara o navio
Está sozinho e triste
Mas tem de aguentar
Já falta tão pouco
Para poder voltar


Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei

quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar
Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez


Com adeus começa
Outro dia igual
Ficou a promessa
Escondida no lençol
Negras como a noite
Vindas de outra terra
As mãos de veludo
Estão á sua espera

Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
Vai ficar tudo bem
Isso eu sei
quando o sol
Se juntar ao mar
E te voltara beijar

Só mais uma vez, só mais uma vez
Só mais uma vez, só mais esta vez"

Xutos e Pontapés

"Não sou o único"

"Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ver os sonhos partirem
À espera que algo aconteça
A despejar a minha raiva
A viver as emoções
A desejar o que não tive
Agarrado ás tentações


E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará
E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará

Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu
Não, não sou o único
Não, sou o único a olhar o céu

Pensas que eu sou um caso isolado
Não sou o único a olhar o céu
A ouvir os conselhos dos outros
E sempre a cair nos buracos
A desejar o que não tive
Agarrado ao que não tenho
Não, não sou o único
Não sou o único a olhar o céu

E quando as nuvens partirem
O céu azul ficará
E quando as trevas abrirem
Vais ver, o sol brilhará
Vais ver, o sol brilhará"

Xutos e Pontapés

"Homem do leme"

"Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...


E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...


No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.

E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...

No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...

E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder..."

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Xutos e Pontapés

"Conta-me histórias"

"Agora que pousas a cabeça
na almofada e respiras satisfeito
quero o teu amor sem sentido nem proveito

Agora que repousas
lentamente sigo a curva do teu peito
procuro o segredo do teu cheiro

Juntos fomos correndo lado a lado
Juntos fomos sofrendo ter amado
Amas a vida
e eu amo-te a ti


Conta-me historias daquilo que eu não vi...
Conta-me historias daquilo que eu não vi...
Conta-me historias daquilo que eu não vi...
Conta-me historias daquilo que eu não vi...

Logo acordas
e pedes-me um cigarro que eu não fumo
sonho planos do futuro

Logo juntas a tua roupa
e dizes que a vida está lá fora
passou a minha hora...
passou a minha hora...

Juntos fomos correndo lado a lado
Juntos fomos sofrendo ter amado
Amas a vida
e eu amo-te a ti


Conta-me historias daquilo que eu não vi...
Conta-me historias daquilo que eu não vi...
Conta-me historias daquilo que eu não vi...
Conta-me historias daquilo que eu não vi..."

Xutos e Pontapés

"Chuva dissolvente"

"Entre a chuva dissolvente
No meu caminho de casa
Dou comigo na corrente
Desta gente que se arrasta

Metro, túnel, confusão
Entre súor despertino
Mergulho na multidão
No dia a dia sem destino

Putos que crescem sem se ver
Basta pô-los em frente à televisão
Hão-de um dia se esquecer
Rasgar retratos, largar-me a mão
Hão-de um dia se esquecer
Como eu quando cresci
Será que ainda te lembras
Do que fizeram por ti?


E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci

Quando te livrares do peso
Desse amor que não entendes
Vais sentir uma outra força
Como que uma falta imensa
E quando deres por ti
Entre a chuva dissolvente
És o pai de uma criança
No seu caminho de casa


E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci"

Xutos e Pontapés

"A minha casinha"

"Ai as saudades que eu ja tinha
Da minha alegre casinha
Tão modesta quanto eu
Meu Deus como é bom morar
No rés do primeiro andar
A contar vindo do céu"

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Vasco Santana

"Fado do estudante"

"Triste sina ver-me assim
Que sorte vil, degradante
Ai que saudade eu sinto em mim
Do meu viver de estudante
Esse fogaz tempo de amor

Que d'um rapaz era o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao léu cabeça ao ar
Só para amar vivia eu
sem me ralar e tudo mais eram cantigas

Nenhuma delas me prendeu
Deixa-las eu era canja
Até ao dia em que apareceu
Essa traidora de franja

Sempre a tenir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir e um bengalão e ar descarado
A vadiar com outros mais
para ir dançar para os arraias
Pra namorar beber folgar cantar o fado

Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
os professores da faculdade
E a mesa de anatomia

Evoco em mim recordações
que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de santana
Aulas que dava e sem estudar
Só ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana...

O fado é toda a minha fé
Embala encanta e nebria
Pois chega a ser bonito até
Na rádio-telefonia


quando é tocado com amor
bem afinado e a rigor
é belo fado ninguém há que lhe resista
É a canção mais popular
tem emoção faz-nos vibrar
e heis a razão de eu ser doutor e ser fadista"

Resistência

"Timor"

"Andam lá sem descansar,
Nas montanhas a lutar
Iluminam todo o mar
De Timor

Nas montanhas sem dormir
Uma luz a resistir
Arde sem se apagar
Em Timor

Andorinha de asa negra
Se o teu voo lá passar
Faz chegar um grande abraço,
Dá saudades a Timor


Eles não podem escrever,
Porque vão a combater
Vão de manhã defender
A Timor

As crianças a chorar,
Não as posso consolar
Que eu nunca cheguei a ver
A Timor


Andorinha de asa negra
Vem ouvir o meu cantar
Ai que dor rasga o meu peito
Sem noticias de Timor

Nunca mais hei-de voltar
Já não posso lá voltar
À idade de lembrar
A Timor


Estam lá a descansar
Nas montanhas a lutar
Iluminam todo o mar
De Timor

Andorinha de asa negra
Vem ouvir o meu cantar
Ai que dor rasga o meu peito
Sem noticias de Timor


Andorinha de asa negra
Se o teu voo lá passar
Faz chegar um grande abraço,
Dá saudades a Timor"

Resistência

"Nasce selvagem"

"Mais do que a um país
Que a uma família ou geração
Mais do que a um passado
Que a uma história ou tradição
Tu pertences a ti
Não és de ninguém


Mais do que a um patrão
Que a uma rotina ou profissão
Mais do que a um partido
Que a uma equipa ou religião

Tu pertences a ti
Não és de ninguém

Vive selvagem
E para ti serás alguém
Nesta viagem

Quando alguém nasce,
Nasce selvagem
Não é de ninguém"

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Live

"Run to the water"

"Oh desert speak to my heart
oh woman of the earth
maker of children who weep for love
maker of this birth
'til your deepest secrets are known to me
I will not be moved
I will not be moved

don't try to find the answer
when there ain't no question here
brother let your heart be wounded
and give no mercy to your fear

adam and eve live down the street from me
babylon is every town
it's as crazy as it's ever been
love's a stranger all around

in a moment we lost our minds here
and lay our spirit down
today we lived a thousand years
all we have is now

run to the water
and find me there

burnt to the core but not broken
we'll cut through the madness
of these streets below the moon
these streets below the moon

and I will never leave you
'til we can say, "this world was just a dream
we were sleepin' now we are awake"
'til we can say

in a moment we lost our minds here
and dreamt the world was round
a million mile fall from grace
thank god we missed the ground


run to the water
and find me there
burnt to the core but not broken
we'll cut through the madness
of these streets below the moon
with a nuclear fire of love in our hearts

yeah, I can see it now lord
out beyond all the breakin' of waves
and the tribulation
it's a place and the home of ascended souls
who swam out there in love!

run to the water
and find me there
burnt to the core but not broken
we'll cut through the madness
of these streets below the moon
with a nuclear fire of love in our hearts
rest easy baby, rest easy
and recognize it all as light and rainbows
smashed to smithereens and be happy
run to the water (and find me there)
run to the water"

Jason Mraz

"I'm Yours"

"I tried to be chill
but your so hot that I melted
I fell right through the cracks,
and I'm tryin' to get back
before the cool done run out
I'll be givin it my best test
and nothin's gonna stop me
but divine intervention
I reckon it's again my turn
to win some or learn some

I won't hesitate
No more, no more
it cannot wait,
I'm yours!


Well open up your mind
and see like me
open up your plans
and damn you're free
look into your heart
and you'll find love love love
listen to the music of the moment
maybe sing with me

Ah, la peaceful melody
It's your God-forsaken right
to be loved, love, loved, love Love

So I won't hesitate
No more, no more,
it cannot wait
I'm sure.
There's no need to complicate
Our time is short
This is our fate,
I'm yours!

I've been spendin' way too long
checkin' my tongue in the mirror
and bendin' over backwards
just to try to see it clearer
my breath fogged up the glass
and so I drew a new face and laughed
I guess what I'm a sayin' is
there ain't no better reason
to rid yourself of vanity
and just go with the seasons
it's what we aim to do
our name is our virtue

I won't hesitate
No more, no more,
it cannot wait
I'm sure.

There's no need to complicate
(Well open up your mind and see like me)
Our time is short
(open up your plans and damn you're free)
it cannot wait, I'm yours!
(look into your heart and you'll find love love love)

No, I won't hesitate
(listen to the music of the moment come and dance with me)
no more, no more
(ah, la one big family)
it cannot wait, I'm sure.
(it's your god forsaken right to be loved, love, loved, love)

There's no need to complicate
(well, open up your mind and see like me)
Our time is short
(open up your plans and damn you're free)
this is our fate, I'm yours!
(look into your heart and you'll find love love love love)

no, please, don't complicate,
(listen to the music of the moment come and dance with me)
our time is short
(ah, la happy family)
this is our fate, I'm yours!
(it's our god forsaken right to be loved, love, loved, love)

no, please, don't hesitate
(listen to the music of the moment come and dance with me)
no more, no more
(ah, la peaceful melodies)
it cannot wait,
(it's you god forsaken right to be loved, love, loved, love)
the sky is yours!"

Donna Maria

"Amar como te amei"

"Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena

Amar, e sempre amar a quem mais clama
O nosso desamor feito dilema
Dar e não saber se quem recebe
É cego ou não quer ver toda a saudade
Que existe, e que persiste e não percebe
O triste deste amor em fim de tarde
Ninguém mais do que tu foi tão verdade
Das coisas que nos dão razão à vida
Prisão que ontem foi de liberdade
E hoje se transforma em chaga viva
Amar como te amei ninguém mais ama
De tanto que nem sei se vale a pena
Manter nesta paixão acesa a chama
Ou apagar num sopro este dilema
Ninguém mais do que tu foi tão verdade
Das coisas que nos dão razão à vida
Prisão que ontem foi de liberdade
E hoje se transforma em chaga viva"

mês da música!

pois é, decidi dedicar um mês à música, ou seja todas as entradas serão de letras de músicas, mais tarde irei ter um mês dedicado a vídeos, mas como por estes dias preciso de motivação e as letras de certas músicas têm a capacidade de me devolver um pouco dos meus pensamentos felizes, aqui estão a elas para me animar e a ti :)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

boas letras :)

Donna Maria

"Há amores assimm"

"Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim


Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo

Não vou ganhar
Nem perder
Nem me lamentar
Estou pronta a saltar
De cabeça contra o mar

Je t'aime je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim

Há amores assim
Que nunca têm início
Muito menos têm fim
Na esquina de uma rua
Ou num banco de jardim
Quando menos esperamos
Há amores assim

Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar

Je t'aime je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim

Je t'aime je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim

Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo

Quando te encontrar sei que tudo se iluminará
Reconhecerei em ti meu amor, a minha eternidade
É que na verdade a saudade já me invade
Mesmo antes de te alcançar
É a sede que me mata
Ao sentir o rio abraçar o mar


Je t'aime je t'adore
Um amor nunca se escolhe
Mas sei que vais reparar em mim
Yo te quiero tanto
E converso com o meu santo
Eu rezo e até peço em latim

Sem lágrima caída
Sou dona da minha vida
Sem nada mais nada
De bem com a vida"