quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Luz

A luz que me transforma, percorre-me sem fim, lê-me os pensamentos e mostra-me o meu caminho.
Não o caminho que eu quero seguir, mas sim aquele que eu tenho de seguir.
Caminho que está cheio de obstáculos que me atropelam as emoções e quebra os sentimentos.
Ou não…os sentimentos mantêm-se e não resultam em nada a não ser palavras confusas, cabeças perdidas e frases revoltas.
Tento mudar a cor da luz, mas ela teima em manter-se naqueles tons e naquela direcção.
Como fazer para alterar uma predisposição que parece quase natural para mim?
Esta luz que vive dentro de mim nunca pára e nunca descansa, como uma planta que cresce todo o ano, alimentando-se dos astros.
Esta luz que me corrói por dentro por não conseguir satisfazer os actos que ela deseja fazer
Os sentimentos não me ajudam, o tempo não me ajuda, apenas acalmo quando não penso…
Mas que fazer, pois os pensamentos não deixam de correr como as ondas dos mares revoltadas por não puderem viver.
A única solução que encontro é não ter solução, é deixar o tempo correr, acreditar que ele poderá ser nosso amigo e nos poderá mostrar outra luz ou indicar à sombra que a sua luz é aquela que brilha dentro de mim.
Chorar? Apenas torna a luz mais brilhante.
Sorrir? A luz transborda de raios incandescentes.
Viver? Tentar pelo menos, nem que seja com a satisfação irrisória que a luz da sombra me provoca.
Luz… qual é essa luz?

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