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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Palavras

Dizem que as palavras contêm dentro delas o que nenhum gesto poderá alguma vez transmitir, pois atrás de um abraço pode estar uma contradição, atrás de uma mão amiga pode vir a inimiga.
Então no que resta acreditar?
Nas palavras certamente, essas pequenas maravilhas que conseguem transmitir sentimentos de anos e milénios em apenas um som, em pequenos dialectos que transformam o olhar mais triste de alguém em algo radioso.
Pois é através do olhar, que as palavras ganham sentido, pois a sua percepção só é sentida quando é lida com os olhos de quem quer viver na plena consciência do seu ser.
Uma imagem vale mais do que mil palavras?
Uma palavra consegue provocar o olhar mais puro e verdadeiro que todos nós procuramos intensamente toda a vida, aquele olhar que faz parte de nós, aquele olhar que nos diz mil palavras sem dizer nenhuma…
Utilizando as palavras tendo expressar o que o interior quer dizer, através do olho tento dizer aquilo que as palavras às vezes não querem escrever…
Que acontece agora?
Continuo a escrever, libertando os gestos que quero mostrar, criando mil imagens de fantasias e esperanças, palavras essas que alguém irá entender…

sábado, 27 de junho de 2009

Voz do melro

Deito-me no vale dos lençóis destinada a revelar por fim o que os sonhos me transmitem. Entro então num místico vale de ilusões, ouvindo sempre ao longe uma voz, uma voz que me vai guiando nos sonhos de cores, pelas montanhas do vento e pelas estradas de música.
Olho para o lado e encontro um melro que me diz: eu cuido de ti! Eu confio nele, pois a voz assim me diz para confiar. Seguimos então os dois, por caminhos lindos que só a percepção colorida consegue perceber. Eu percebo… o melro também… a voz também…
Percorremos lindos caminhos, e enquanto vivemos os sonhos alegres, a voz vai relatando o nosso caminho.
Eles caminham juntos sempre contentes, com o amor na alma, e a paz no coração. Não sabem para onde vão nem quem encontrarão, nem querem fazer. Vão sempre ouvindo a banda sonora preferida, aquela que diz a sua vida, dois corações a baterem em uníssono, peito que canta com alma, sem nunca calar a voz que lhe corre nas veias.
Sim nós caminhamos juntos, eu e o melro, que me canta baixinho ao ouvido, pois a sua música só é reconhecida por quem já viu o arco-íris com os olhos fechados e conseguiu identificar as suas cores quando o mundo se vestia de preto e branco.
Vamos caminhando, ao nosso lado só existem histórias, flores e animais, flores que se abraçam na tormenta da felicidade, peixes que riem porque a vida lhes corre bem, rios de cor azul brilhante que correm, não, dançam, como as árvores que as acompanham num delicioso ritual de harmonia de qualquer batuque, tique taque, conhecido como o bater do coração.
Chegamos então a um largo campo, coberto de cores mágicas segredadas pelo vento à música das árvores, decidimos ficar por aí…
Dizemos então, eu e o melro, a voz amiga que sempre nos guiou e acompanhou, não vens ?
Vão vocês que eu já lá vou ter…
O melro segreda-me ao ouvido… acorda… e a voz abraça-me e assim acordo para o mundo colorido que é a alma da vida do coração de quem canta sem ouvir música…

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Gritos mudos

Dizem que o silêncio tudo diz, dizem que o tempo tudo leva.
Esse silêncio não o conheço e o tempo ainda não passou por aqui.
Porque é que as palavras, que supostamente são as fundações do nosso discurso, do nosso pensamento, enfim, parte de nós, porque é que elas magoam e porque é que elas não saiem quando nós necessitamos ou pedimos?
Tanta palavra que temos dentro de nós, mas que quando abrimos a boca se transforma em sussurros sem alma nem direcção.
Como fazer com que os ouvintes percebam as palavras que eu quero dizer e não aquelas que eu conheço?
Porque conseguimos dizer a todo o mundo aquilo que sentimos e a quem interessa, as palavras fecham-se no silêncio de um grito absurdo.
Não consigo respirar, as palavras acumulam-se na garganta com pressa de chegar à saída mas quando lá chegam os obstáculos apresentam-se e o seu percurso volta a entalar-me no meu sufoco.
Não consigo chorar, pois à água secou, os gritos não que querem a companhia de lágrimas, não querem saber se isto é real ou não.
Sorrir? Sim sorrio, não porque quero mas sim porque é mais fácil usar um disfarce do que dizer a realidade.
Mas este sentimento continua, um sentimento que me faz sentir absoluta por não poder fazer nada, ou melhor, por não conseguir fazer nada para mudar a minha situação.
Silêncio? Sim conheço-o, já há muito tempo que habita perto de mim, que me acompanha quando as minhas palavras querem sair e ele teima em as guardar.
Gritos mudos, sim gritos mudos, que se libertam mas que vão sozinhos sem a companhia das palavras.
Tempo…esse já passou e sempre foi tarde demais…tarde demais para falar, tarde demais para sorrir, tarde demais para tentar, tarde demais para voltar, é tarde, muito tarde e os gritos continuam a roer-me a alma que se encontra já perfurada pelos sentimentos que não me abandonam.
Gritos mudos, apenas gritos mudos…

domingo, 29 de março de 2009

Aquele som

Escuto um som ao de leve sem saber o que ele quer dizer.
O vento transporta as palavras, mas demoram a chegar.
Penso então no silêncio que sempre me mostrou as cores do vento, cores que vêm carregadas com as entrelinhas do pensamento.
O pensamento então parece feliz pois as cores que mostram são muito mais do que simples palavras e muito mais do que apenas letras.
São emoções carregadas de sentimentos que sopram ao ouvido a melodia certa que o ser precisa para se realizar.
O som que ouço vem com as legendas do mundo maravilhoso e azul, mundo repleto de palavras mágicas em que os habitantes são conduzidos por uma estrada infinita de sentimentos repletos de pós encantados de perlimpimpim…
Esses sons são então substituídos por letras que juntas dão sentido ao que os meus sentidos gritam.
Então ouço ao fundo um som, uma música que reconheço como minha.
Essa música torna-se mais clara, a melodia é minha
A letra começo a cantar, e ela apenas diz:
-A música está na minha alma!
Começo a cantar sem parar e apenas assim simplesmente sou feliz.

domingo, 8 de março de 2009

Sonhos de cores

Tentando resolver os sonhos das cores, vou-me deparando com os sons dispersos dos arco-íris das emoções.
Esses sonhos mostram-se sempre coloridos mas as suas cores não são da percepção humana ou susceptível ao olho mortal.
Não são sonhos confusos não, mas sim para os entender deve-se ter uma mente aberta, pois as cores dos ventos que sopram nas entrelinhas dos pensamentos estão cobertas de pós mágicos de condão que só as almas sensíveis poderão aproveitar da melhor forma.
Continuando então nesta busca sinto-me cada vez parte do final do arco-íris, daquele pote de ‘ouro’ do final, que não passa mais de um ser mágico que vive segundo a minha vida e que me devota todos os seus momentos e pensamentos.
As cores que antes se apresentavam escuros e sem vivacidade, agora mostram-se com todo o seu encanto natural de cor, gritando pela liberdade de mostrarem os seus sentidos mais belos a todos os seus ouvintes.
Vou caminhando neste arco-íris sempre com o sorriso no coração e a alegria na alma, mostrando aos meus pensamentos que aquilo que eu desejo é a convivência com essas cores mágicas.
Sinto-me cada vez mais livre e mais próxima do final do capítulo.
Sinto então uma presença que me acalma e que me liberta a alma dos pensamentos e sentimentos obscuros, apenas me alimenta de cores lindas e mágicas que vão juntando a sua alegria à minha vontade de realizar os meus sonhos.
Ouço os sentidos contrários dos outros que acham que o meu caminho é confuso, mas sorrio com ternura, pois vivem na plena ignorância dos caminhos trilhados pelos outros e não sabem analisar as cores verdadeiras dos seus próprios sentidos.
Então enquanto vou acompanhada por almas alegres que me socorrem quando eu sinto a cor menos viva, vou conseguindo percorrer o arco-íris e vou juntando mais cores ao meu universo secreto.
Sinto-me agora a levitar, mergulhada por um bem-estar, cheia de emoções livres que me alimentam os sonhos de cores de sons fantásticas.
Chego então ao final do arco-íris e tal como previsto tenho o ‘pote de ouro’ no final, um ser mágico que quer acompanhar-me no meu labirinto de sensações, dando-me sempre a mão sempre que eu sinto as cores a desvanecer.
Juntos percorremos mais arco-íris sempre com alegria na alma e juntos vamos desvendando todas as cores do nosso universo.

domingo, 1 de março de 2009

Continuar...

Noites, sonhos, pensamentos de felicidade em que o terror se torna na maravilha dos momentos felizes.
Os dias passam sem que a surpresa da solução chegue para transformar os meus tesouros obscuros em felicidades de certeza.
O espaço da emoção enche-me o ser de interrogações que não sei responder mas que pergunto mas que a imagem recordo quando penso nas palavras e as junto para formar os sons que oiço no vento.
As cores que vejo transformam-me os pensamentos em linguagens dos antepassados que eu não sei perceber mas que entendo como minhas próprias.
Os ventos voam em minha direcção e perguntam-me qual o rumo que eu desejo seguir, mas esse rumo não é real, é apenas a imaginação dos sentimentos que não transbordam com a idade própria de serem visíveis.
Os meus sentidos querem unir-se para me mostrar a realidade dos meus objectivos, em que as visões dos sonhos se tornam na mais mágica história de encantar recheada de toques de fada com o brilho dos olhares.
A estrada que vejo a seguir é feia e escura, cheia de buracos que se abrem para me atormentar e alimentar as esperanças de terrores de noites solitárias.
Novos caminhos são necessários e precisos mas a estrada custa tanto a percorrer e a solidão é mais forte do que a tristeza dó passado não vivido.
Os sentimentos não passam de palavras confusas que não sabem quando parar e quando realizar o sonho do perfeito.
O perfeito não se quer encontrar e então passa apenas por ser uma sombra sem material palpável que não se encontra no espaço do momento visível.
O momento que se quer viver não passa da respiração momentânea de um segundo de inspiração mas que não sobrevive para realizar o indicado pelo sentido do interior.
Os sentidos sonham com o passado querendo transportá-lo para o futuro sem o presente das sensações ilusórias de momentos felizes em que o coração chorou de satisfação.
As lágrimas são visíveis para as almas mais sensíveis que querem experimentar as sensações do humor dramático dos filmes fantásticos que nos fazem recordar os momentos dos deuses do Olimpo encantado.
O encantamento que me sufoca quase que não tem cor e o caminho torna-se escuro por não ter felicidade mas sim lágrimas de revolta presente.
Tento então mergulhar a minha mente nos sentidos da emoção contente para me transbordar de palavras de alegria real.
As cores voltam e os sentimentos afastam-se deixando-me então viver como sempre devia ter vivido sem o passado a atormentar o presente e com o futuro mantendo-se na interrogação de pensamentos incertos e felizes.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Luz

A luz que me transforma, percorre-me sem fim, lê-me os pensamentos e mostra-me o meu caminho.
Não o caminho que eu quero seguir, mas sim aquele que eu tenho de seguir.
Caminho que está cheio de obstáculos que me atropelam as emoções e quebra os sentimentos.
Ou não…os sentimentos mantêm-se e não resultam em nada a não ser palavras confusas, cabeças perdidas e frases revoltas.
Tento mudar a cor da luz, mas ela teima em manter-se naqueles tons e naquela direcção.
Como fazer para alterar uma predisposição que parece quase natural para mim?
Esta luz que vive dentro de mim nunca pára e nunca descansa, como uma planta que cresce todo o ano, alimentando-se dos astros.
Esta luz que me corrói por dentro por não conseguir satisfazer os actos que ela deseja fazer
Os sentimentos não me ajudam, o tempo não me ajuda, apenas acalmo quando não penso…
Mas que fazer, pois os pensamentos não deixam de correr como as ondas dos mares revoltadas por não puderem viver.
A única solução que encontro é não ter solução, é deixar o tempo correr, acreditar que ele poderá ser nosso amigo e nos poderá mostrar outra luz ou indicar à sombra que a sua luz é aquela que brilha dentro de mim.
Chorar? Apenas torna a luz mais brilhante.
Sorrir? A luz transborda de raios incandescentes.
Viver? Tentar pelo menos, nem que seja com a satisfação irrisória que a luz da sombra me provoca.
Luz… qual é essa luz?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Deserto

Imaginei-me dentro dum deserto, com quatro paredes forradas com água do vento.
Percorri aquele deserto em busca das pegadas perdidas de alguém amigo.
Mergulhei nas suas areias em vão para procurar o fundo do profundo azul.
Mas as areias não pararam, assim como os medos que não me largam, que me puxam para o fundo do abismo.
Como uma cria perdida à procura da sua progenitora, corri pelas areias daquele deserto para encontrar a porta que me guiasse para fora dos pensamentos negros.
Agora presa nestes pensamentos, senti-me a afundar com os novelos a apertarem-me e a tirarem-me a respiração.
Penso agora em ti…
Os novelos ganham cor e vejo as suas pontas, basta puxar e eles como que por magia desaparecem.
A areia começa a desvanecer, as paredes a afastarem-se e as pegadas tornam-se visíveis.
Sigo então o caminho e vejo uma sombra no final que ganha as suas cores.
Os ventos carregam-me nos seus ombros e eu não sinto nada a não ser a leve brisa do seu olhar.
Chego a ele, fecho os olhos, ele dá-me a mão e o deserto acaba, transformando-se no paraíso dos requintes deleites.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Música

Abres os olhos apressadamente pois sabes que o dia tem as suas horas contadas. Sentes-te feliz mas sentes também que falta qualquer coisa, a noite passou e apenas na tua mente uma melodia resultou.
Acordas com um som, e não consegues responder. Vives a tua vida na esperança de entenderes o que essa melodia te diz.
Apenas sabes que a tens de seguir para o teu rumo fazer sentido.
Ouves o vento lá fora, e a chuva que o acompanha e começas a fazer a tua melodia.
Os dedos movem-se como as teclas de um piano.
Ouves a melodia e começas a decifrar, começas a sorrir pois sabes o caminho a seguir.
Escreves a música, a tua música, e tudo encaixa sem que correcções tenham de ser feitas.
Tudo segue o seu caminho e tu segues lado a lado.
Tudo é certo, tudo é teu.
Soltas a voz e mostras o teu mundo, o mundo mostra-te a música e tu agarras-te a ela com todas as forças que ela te dá.
Canta e serás livre.
Ouve, basta ouvires…
A música da tua vida está aqui, é tua e espera por ti.
Ouve, basta ouvires…

domingo, 4 de janeiro de 2009

Música e Letra

Pegas numa folha de papel destinado a revelar os segredos que correm nas entrelinhas da tua alma.
Agarras numa caneta como se da própria vida se tratasse.
Decides por fim escrever a tua vida, as tuas lamentações e libertares-te de todas as palavras estagnadas que estão a apertar-te a garganta.
Um desejo oculto teima em desenrolar-se para mostrar a sua verdadeira face e revelar os secretos contornos da vida inerente ao sentimento poderoso da emoção.
As palavras começam a fluir como a água que corre no rio, a caneta é a água responsável pelo ciclo desse rio que corre dentro das tuas veias, o rio de palavras e certezas que se vão desenrolando e mostrando o seu verdadeiro valor.
Agora já não tens controlo na caneta, ela tomou a posse da tua mão, e inconscientemente vai transportando uma simples confissão numa libertação de pensamentos esquivos mas que o papel conseguiu captar na sua trama.
As palavras ganham o seu sentido eterno e como se por magia, sentes o corpo a relaxar e toda a energia negativa a abandonar-te.
És agora um meio de transporte entre as palavras e as emoções, a tua voz é o filme dos teus sonhos e a tua escrita e o guião.
Como numa música, vais escrevendo a letra, o sentimento importante que descreve a tua essência e mostra a personalidade dos sonhos de que és feito.
Tens a música na alma, a letra nas mãos, a tua voz encontras-te e não consegues parar de escrever, ninguém te irá conseguir parar.
Apenas tu tens as armas para transcrever o sentimento da vida que buscas alcançar na sua plena felicidade.
Cantas ao mesmo tempo que escreves, pois a melodia encontraste, já de nada precisas, continuas a escrever e cada vez mais revelas os pedaços que formam a tua alma.
Não te precisas de esconder, o medo já passou, não eras capaz de dizer, mas o sonho revelou-se e já acabou o medo, aqui estás tu, a deixar a luz brilhar, encontras-te quem és, não te irás esconder.
Os novelos desapareceram, o que resta são os sonhos e as alegrias dos caminhos descobertos, percorres neles e vais descobrindo caras amigas que te aplaudem à medida que a canção corre, não precisas de voltar atrás, nem de olhar para trás, vês o brilho ao longe da melodia conjunta que ouves sempre dentro da tua alma.
Percorres o labirinto com a alegria na alma e a felicidade no coração, a luz tornou-se mais brilhante e no seu brilhar reparas numa forma que se está a libertar.
Continuas a cantar e a canção transforma-se num dueto.
Paras de escrever, já não necessitas, a letra está acabada. A tua vida está realizada, sentes-te único e único és.
Sabes a tua música.
Ao pousares a caneta lembras-te da forma que viste na tua luz, lembras-te que a música era um dueto.
Começas a cantar a tua linda música e no momento certo apareço eu.

sábado, 3 de janeiro de 2009

História de encantar

-“Vou só comer uma bolacha! “- diz ela com o olhar fugidio, sabendo que aqueles instantes de ida e volta serão os últimos em que terá questões de incerteza.
O seu passo é apressado pois não quer que as palavras dele sequem.
A bolacha não é verdadeira, ou melhor, é meramente representativa dos seus medos, que por tantos anos ela desejou acabar, mas que agora teme serem maiores do que os sonhos que terá por viver.
Anda rápido, mas cada passo tem o peso da eternidade, simples segundos têm a força de anos, anos que passou na solidão e que teimam em não a deixar.
A “bolacha” passa a ser um suspiro que traz com ele todas as memórias agora arquivadas na sua mente.
Ela preparasse para voltar e ouvir bem atenta todas as palavras mágicas que irá ouvir.
Chega à divisão e basta um olhar, aquele olhar, que lhe diz que está tudo bem, que nada precisa temer.
-“Já comes-te a bolacha? “- pergunta ele sem saber que essa “bolacha” é a própria vida dela, que foi devorada com todos os seus medos e passados.
É então que começa a conversa.
As palavras vão fluindo como se de um livro se tratasse, um belo romance, uma linda história de amor.
As palavras banais quase sem sentido para o ouvido desatento, apenas dizem aquilo que o coração grita com toda a força.
Ela ouve-o com atenção, sem sequer pestanejar, pois a sua vida vê nos olhos dele.
Cada brilho é uma história contada que ela sorri e que juntos vivem.
Ele vai falando, sabendo que as suas palavras são ouvidas pelo coração.
As palavras cessam e os corpos exprimem-se.
Juntos dão as mãos e partem à procura do futuro próximo.
Os seus medos são esquecidos e as suas alegrias revividas.
Como numa história de encantar, vivem felizes para sempre.
Vivem sonhos felizes e sonham dias de encantar.
Escusado será dizer que nunca mais comeram “bolachas”…

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Imagina

Imagina um mundo repleto de felecidade, em que não existem cinismos.
Imagina um mundo em que a tristeza não tem nome nem presença.
Consegues imaginar ?
Imagina um mundo onde o teu visinho é o teu amigo e onde favores não requerem uma troca.
Imagina um mundo onde um aperto de mão é um simples acto de carinho e não uma obrigação.
Consegues imaginar ?
Imagina um mundo onde as crianças podem sorrir e correr livremente e serem apenas crianças.
Imagina um mundo em que as flores são o cheiro com que acordas pela manhã.
Consegues imaginar ?
Imagina um mundo em que os pássaros te cantam os bons dias.
Imagina um mundo em que consegues ver as cores do vento.
Consegues imaginar ?
Imagina um mundo em que a amizade e o amor são reais e verdadeiros e não tens de passar por qualquer prova para os obteres.
Imagina um mundo em que sempre que precisares basta estenderes a mão e terás alguém a agarrar-te.
Consegues imaginar ?
Fecha os olhos, então, deixa a magia do mundo fazer o seu encanto e as cores juntarem-se aos cheiros para transformarem os desejos em realidades.
Agora abre os olhos devagar, sem pressas, e entra no mundo maravilhoso.
Bem vindo ao mundo dos sonhos, das cores, dos sons e dos cheiros.
Basta imaginares e serás mais feliz ! Abre os olhos e transforma o irreal em real.
Imagina só!

sábado, 8 de novembro de 2008

Cores mágicas

Palavras longíquas nos caminhos da profundidade buscam respostas nas matérias da lua e do sol.
A terra dá as mãos ao mar e juntos navegam nas ondas das nuvens e nos céus das tempestades.
Os céus falam nos meus sonhos e contam-me as histórias que as tempestades lhes mostraram.
Histórias em que as perguntas são respondidas e os sonhos são transformados em realidades.
As árvores alegram-se nos seus voos e as plantas sorriem enquanto planam nas suas aventuras mágicas.
As flores olham para a terra e contam os segredos que o vento lhes contou.
Segredos que envolvem o mundo na descoberta dos passados e dos futuros dos caminhos incertos.
Caminhos incertos para quem os percorre sem a alegria na mente e a felicidade no sorriso mas certos para quem todos os sonhos na mão e quem vê a terra com as cores do arco-íris.
A terra nas suas cores, que o vento partilha quando as suas asas abre e sonha com as nuvens nos mantos de pele de centim com perfume de algodão.
Os perfumes de mil cores falam das suas canetas e mostram a cor que sai dos seus lápis mágicos com um toque de condão para transformar qualquer tristeza em sonhos de cor azul.
Descobrimos as cores do vento e pintamos juntos a terra com a cor do mar e o céu com a cor do sol.
Viajamos nas ondas das nuvens e visitamos os perfumes dos sonhos.
Vivemos eternamente nas árvores junto dos sons das mil maravilhas e sempre felizes com as cores dos caminhos certos.

Histórias

Tantas histórias para contar, tantas histórias para viver.
Tantos guiões que eu desejo ler e tantas personagens que eu desejo interpretar.
Apenas uma peça de teatro é capaz de mostrar a história da vida, aquela que tem como actores a luz e o mar.
As palavras surgem nas entrelinhas das frases como que dicas para o que deve ser dito.
A caracterização é feita através dos sorrisos das almas e da alegria dos olhos.
A personagem principal aproxima-se e diz as suas falas mágicas que ninguém consegue ouvir senão eu, pois elas apenas são ouvidas pela alma próxima.
Juntos construímos um diálogo sem som em que as imagens são vistas nas fotografias dos perfumes da imaginação.
Imaginação real que podemos tocar quando nos sonhos nos encontramos.
Juntos realizamos uma história própria, uma história nossa, em que as personagens somos nós e os figurantes são todos os outros.
A história é feliz, cheia de fantasia e magia, tal como somos na realidade, ela apenas transcreve o que não conseguimos dizer com palavras, aquilo que é mais forte do que palavras, aquilo que só é dito no silêncio das almas, aquilo que é dito com o coração.
Juntos ensaimos esta peça para toda a vida e juntos recebemos os aplausos do mundo pois temos todos os mistérios e juntos somos felizes até as cortinas se fecharem

Sim

Que dizer quando as palavras teimam em não sair ?
Porque custa tanto dizer aquilo que sinto se sei bem aquilo que sinto ?
Porque não consigo dizer aquilo que o meu ser está a sentir ?
Porque é que eu sei qual é a palavra e porque é que não a consigo proferir ?
Tantos porquês sem uma resposta à volta.
Será que aquilo que eu quero é mesmo verdade ou será só ilusões que criei para não me sentir isolada ?
Será que estes sentimentos são correspondidos ou são apenas variações da alma ?
Será que os pontos de interrogação algum dia se transformarão em afirmações ?
Gostava de possuir a coragem de dizer aquilo que sei que estou a sentir...mas talvez a boca não deixe escapar porque não quer deixar o coração sofrer mais uma vez...
Por tantas noites mal passadas, por tantas horas acordadas. por tantos pensamentos relembrados, por tantas palavras escapadas, por tantas acções mal explicadas...
Será que serei a única a não conseguir dizer ou será que existe alguém que precisa do mesmo impulso que eu ?
Então, como escrever só custa aos dedos e ao pouco se consegue transmitir a mensagem do coração, aqui vai : és tu !
Sou feliz sim porque te conheci...
Sou uma boa pessoa sim porque tu me fazes ser...
Sinto-me bem apenas por saber que tu existes...
O meu mundo é mais maravilhoso desde que tu entraste nele.
Não sei quais são as tuas respostas e quais as tuas perguntas, mas o meu coração ja se decidiu o meu ser já se uniu e em ti a minha alma se reuniu...
Sempre feliz irei ser mesmo se nada acontecer.
As estrelas do meu mundo guardo-as todas no meu céu, és uma luz que me ilumina e me guia nas noites sombrias, nos dias encontras-te presente.
És tu...
E eu...
SIm sinto...
Sim sei...
SIm quero...
Sim espero...
Sim estou aqui...
Sim...sim...

Chuva

Consegues provar a chuva ?
Não, porque não é chuva, mas sim lágrimas que caiem.
Não estás triste porque está a chover, mas sim chove porque estás triste.
Consegues parar ?
Não, porque já não te pertence.
Não queres parar, mas sim continuar a avançar.
Consegues sorrir ?
Não, porque não tens quem te devolva o sorriso.
Não queres sorrir, se não tens alguém que te peça para sorrir.
Queres sorrir ?
Sim, queres sorrir novamente, queres sentir a alegria dentro de ti.
Sim queres apenas sentir-te feliz.
Queres parar ?
Sim parar de fazer confusões e de tentar encontrar soluções.
Sim vais deixar andar e no caminho irás encontrar.
Queres provar a chuva ?
Sim queres pois ela faz parte de ti, cada lágrima caída é uma palavra lembrada.
Sim queres provar a essência do teu ser, queres saber a quem irás pertencer.
Sente a chuva e faz o sol raiar...

Aqueles dias

Hoje não tenho grandes palavras, o dicionário hoje não é o meu amigo próprio.
Aquilo que tenho para relembrar são os sonhos que são demasiados irreais para poderem ser transcritos.
Sonhos em que consigo falar contigo e que tu falas comigo... sonhos em que revejo os dias maravilhosos em que o tempo parou e culminou em momentos fantásticos cheios de emoção e ...
sim esse e...uma palavra apenas que eu ainda não percebi se será real ou será apenas a saudade que aperta e que mostra que ele é importante e que necessito da presença dele mais perto de mim.
A palavra que eu ainda não aprendi a dizer mas que o meu coração grita sempre que penso naqueles dias e naqueles momentos, nos belos momentos que eu desejo todos os dias que voltem para trás, para voltar a sentir o sabor da vida, o sabor da alegria.
A alegria...sim a alegria que conheci e que senti só por breves momentos mas que me irá acompanhar para sempre, pois para sempre é o tempo que a nossa união irá durar, sempre eterno sem pausas nem interrupções, apenas alegrias e momentos ternos.
Momentos em que os nosso olhares se cruzaram e se reconheceram como almas antigas de seres que uniram em tempos e que se reencontraram e que juraram que não mais se iriam separar.
Juras que não necessitam de um espaço para acontecer mas sim de um momento para prometer.
Promessas que os olhos realizaram e os corações assinaram, promessas que não poderão ser quebradas pois os corações não irão deixar de bater em uníssono.
Esse bater que eu senti e que continuo a sentir sempre que em ti penso e sempre que te recordo e que recordo os dias, os momentos em que me mostras-te a felicidade que o mundo possui...

Onde está ?

Sonhos inacabados surgem quando a noite se torna minha inimiga...
Sonhos em que eu sou feliz mas que não têm final, ou melhor, não têm solução, ou pelo menos não a consigo perceber...
O que me faz duvidar é se são os meus sonhos que me estão a enganar ou é a minha alma que não me quer ajudar.
Ajudar a perceber se aquilo que sinto é real ou se não passa de sentimentos presos uns aos outros num novelo embrulhado e que por necessidade teima em não se desenrolar.
Ou será que a dúvida só existe mesmo em mim ?
Tenho dúvidas sim, mas essas dúvidas tornam-se em certezas quando recordo, quando lembro e relembro.
O que falta é a palavra, é a falta de coragem de soltar essa palavra, essa pergunta que iria resolvel muitas dúvidas que agora persistem em meus sonhos.
Será que estarei isolada nestes pensamentos ?
Ou terei um outro ser, uma outra alma, a percorrer os mesmos caminhos confusos que eu ?
Estamos os dois perdidos no labirinto dos sonhos incompreensíveis...apenas temos de encontrar o caminho certo, aquele em que as nossas mãos se cruzam e os nossos olhares se encontram.
Está quase...são só mais alguns passos no caminho dos sonhos e lá nos iremos encontrar...
Estou à tua espera e tenho em mim todas as respostas...espero por ti sempre aqui...

Perguntas e respostas

Mais uma vez a minha mente é questionada por perguntas vindas do espaço oculto. Esse espaço que a minha mente teima em não querer perceber, mas que o meu coração reconhece como o monólogo próprio. O que o coração necessita é que esse monólogo passe a um diálogo, concordando assim com as perguntas da mente.
As perguntas, essas, são simples mas estão compostas de palavras confusas para o coração, pois este não entende porque uma situação tão simples não pode ser resolvida com uma simples resposta, ou uma simples palavra.
Essa palavra que se encontra no labirinto dos sonhos e na farinha das nuvens, custa tanto a dizer mas é tão requerida , que acaba por perder a sua importância quando o tempo recai sobre ela, ou talvez não.
Talvez apenas tente encontrar novas soluções para problemas não achados, ou soluções para sonhos encontrados.
Sonhos de felicidade repletos de atitudes de magia com o toque de um pó de fantasia carregado com a magia do teu olhar.
Esse teu olhar que me fascina, que olho quando fecho os meus olhos e quando realizo os sonhos contigo.
A tua voz agora regressa a mim e faz-me sentir a felicidade que outrora senti e que continuo a sentir sempre que em ti penso e recordo.
Volto a sentir-me bem, volto a sentir-me completa por te ter ao meu lado, por breves momentos tenho a chave do mundo e descobri todos os seus segredos.
Agora nada mais me pode trastornar, nem mesmo as perguntas complexas, pois tenho a tua presença do meu lado e a teu lado vou aprendendo a responder a cada dúvida, dúvidas que se tornam certezas e que contigo se tornam em realidades.
Realidades que são repartidas e para sempre vividas entre dois seres, duas almas e dois corações que respondem em igual ao mistério total do mundo...

Sente só

Sente só...
Não penses e sente, sente o que queres ver, sente o que queres sentir...tu sabes o que é...basta quereres...
Diz que queres...tu sabes que sim...acredita que sim...eu sei que sim...
Mostra-me o ser que queres tornar-te, o sentimento que estás a sentir poderá faze-lo basta sentires.
Eu também quero ser...ser como tu queres, ou ser o que tu sentes...
Volta a dar a volta ao mundo e traz contigo todos os sonhos realizados, eu estarei à tua espera para viver esses sonhos contigo.
Encontra a palavra, está guardada na tua alma, a desejar ser solta, a desejar ser feita.
Faz acontecer e começa a viver...
Sente só...